quarta-feira, 27 de julho de 2011

espero que não haja nenhum deus disponível de momento porque quero mesmo dizer que era este o pretexto que me faltava para te poder dizer que te tornaste numa incoerência com forma humana

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"quem ama e não é correspondido faz tudo para marcar pontos"

terça-feira, 12 de julho de 2011

"Despreza tudo, mas de modo que o desprezar te não incomode. Não te julgues superior ao desprezares. a arte do desprezo nobre está nisso."
Fernando Pessoa

sábado, 9 de julho de 2011

eu sou muito apaixonada por ti, mas antes... pelas coisas

Acordo e lembro-me de ti. Que sonhei contigo, aliás, lembro-me vagamente e durante instantes as horas de sonho contigo. Sonho de facto, de quem adormece depois de uma noite agitada e o seu inconsciente se lhe traz sonhos contigo. Contigo meu amor, tudo contigo.

Devo ser intensa demais. Ou entao tu és especial, todos os dias mais e melhor. Sempre com a posiçao adequada, sempre a postura correcta na situação; mas acima de tudo, sempre comigo, para mim, tudo para mim… lembro-me há uns meses atrás de não nos conhecermos assim, desta forma. Era só a formalidade de um café ao fim do dia, claro que com desejo como quem conversou num prisma maravilhoso na noite antes, mas nunca com este à-vontade com que me deito no teu colo agora. Não é comparável se quer. Fiquei assustada com a probabilidade de acontecer de facto algo improvável: sentares aqui ao meu lado e segredares com calma que na vida nem tudo é ao sabor do carpe diem. Às vezes as coisas, as pessoas melhor dizendo, marcam-nos de facto. Muito. “Acertam-nos na mouche e mudam a nossa maneira de ser... de sentir, de ouvir, de provar, de fazer e ver”. Mas mesmo que não mudassem coisa nenhuma, algo de transcente nos uniria em todo o caso. Considero-me uma força da natureza, encontrei outra diferente e tal qual maravilhosa, a fazer esquecer as preciosidades das coisas concretas, que me fala de elementos maravilhosos sim, mas nos quais não se pode tocar não. O amor é único, e se não fizermos dele ainda mais singular e especial, nunca saberemos amar. Eu arriscaria dizer que viver sem saber amar não é de todo, viver. É sobreviver…

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Acho que este restabelecimento da ordem natural das coisas está a correr bem. Eu gosto de ti desde aquele dia em que descobri que era um alargador de facto, mas ver-te dormir ao meu lado é... petrificante.

Ontem quando fechei os olhos não queria adormecer, era só o meu corpo a render-se de algum-muito desgaste acumulado. Mas estavas lá, entre a minha pálpebra a fechar-se e a minha alma aberta para ti e por ti. Magoa-me que toda gente se surpreenda por nos ver dançar em estilo apaixonado, porque não havemos de ser nós o início e o fim um do outro?

Termos saltado tantas etapas à frente fez-me tremer de medo; olhar para aquele poço gigante e saber que a única alternativa seria atirar-me e de olhos fechados levou-me a querer desistir, muitas vezes. Estive muitas horas em claro, quando o sono não vinha e o desgaste não era o de ontem, enquanto pensava na raiva que sentia por saber que estarias ao lado de alguém… alguém. Eu também tenho os meus alguém’s, que talvez também ainda me amem como eu já não os amo. Não te vás embora, eu sou tão pequenina e tive tanto medo. Agora começo a não ter medo mas sim vontade de construir. Tu também a tens?

Mimos*