quinta-feira, 12 de julho de 2012

"love me two times baby, love me twice today.
love me two times  [boy], I'm gonna away"

sem despedidas, vou só apanhar sol e ser livre de facto durante dois meses. depois regresso ao mundo

sábado, 7 de julho de 2012

Ponho setenta barreiras ao brilho dos meus olhos quando te encontro por acaso, isto é, sem termos combinado encontrar-nos. Costumamos falar demais até, mas contigo aprendi a pensar três vezes antes de falar. E como tal, tenho pensado em como e quando dizer-te isso, que me marcas imenso só pelo teu espírito. Agora que me lembro, esse desabafo saiu-me de facto, num momento de descanso pós-sexo, ainda nús um sobre o outro deitados, tortos na cama e nas costas; confessei-te que "me apaixonas pela vida a cada segundo" e apertaste-me depois, sorrindo imenso e com o olhar mais doce que tenho visto em ti. Eu sei que sabes o que não digo, e também tenho noção que penso demasiado nisso. Mas sabe-me bem, isto afinal é o que eu sou: sem perguntas, sem declarações com efeito implícito de prazo de validade, sem pensar se seremos a alma gémea um do outro. E por isso mais interessante se torna: depois de pensar em todos os "não bruna, não aches que é amor para sempre porque... tu não és isso" e de portanto, criar as tais setenta barreiras de limite ao meu carinho por ti, encontro-te sem estar à espera e fervilho por dentro ao ler o teu olhar ansioso por um beijo quente. Quando decidi ir embora já nos tínhamos envolvido, e de forma alguma julguei isso como um entrave, mas há aqui uma rede de química que tenho tentado quebrar por mil e uma razões mas que se verifica de facto. E por isso olho para o teu meio sorriso e penso no Algarve e na minha decisão de ir sem pensar porquê nem como, o que inevitavelmente me dá um nó gigante na barriga. Mas irra, eu já sabia que ia ser assim. Não posso pensar, tenho de viver só. Quando essa minha experiência chegar ao fim ligo-te para irmos ao Avante, e depois ainda voltamos a Coimbra para três dias sem sair da cama a não ser para ir buscar erva e vinho do Porto, sem ver a luz do dia mas a alimentar a nossa luz que ainda nenhum dos dois entendeu de onde vem. Vou ter saudades tuas, muitas. Eu volto, espera por mim. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Até a minha pele tinha falta de sexo decente. Acho que vou sentir a tua falta quando for embora, mas logo se pensa nisso... vou ler o livro que me deste ao sol ou sob a lua, lembrar-me da tua quase euforia matinal e sorrir. És uma pessoa especial, o mundo devia agradecer-te e eu também; quando voltar, se estiveres por cá, sei que terás um abraço para mim. Ou até um beijo com sabor a menta, quem sabe. Se entretanto tiveres partido na concretização do teu destino, que é o de pertencer à Natureza, e tiveres encontrado um sítio com cocos e bananeiras onde "a maior preocupação seja que para a semana chove e tenho de tapar as batatas", sorrio novamente como fiz enquanto lia o "The Doors of Perception" e sinto, mais uma vez, a tua tranquilidade em mim. Talvez até com mais força do que sentiria no abraço de Setembro. Obrigada, ensinaste-me um pequeno segredo... é preciso ser-se feliz. Realmente feliz. 

Mimos*