terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"Estou em fase de pazes comigo própria; (...)

Já não escrevia porque andava dividida, com dúvidas na vida, ávida de um dia novo.
Eu não sabia qual a causa da fobia e quase não podia quebrar a casca do ovo! Não me reconheço nisso, sempre fui uma optimista, não gosto do sinistro, evito o derrotista... mas vida é imprevista e a ferida estava à vista. Era vasta a lista de ideias negativas, imagens masoquistas, fobias esquisitas, hipocondríaca, incapaz de estar sozinha; eu sentia o desamparo e é raro o tempo em que me lembro de não estar ou sentir carente. Estava sempre demasiado consciente desse peso de não ser como toda a gente, de estar ausente, distante do presente e de não me esquecer disso nem um instante permanentemente… eu não me esqueço disso nem um instante permanentemente… eu não me esqueço disso nem um instante permanentemente…

Se toda a gente passa alguma vez na vida, nem toda a gente passa com taça garantida. Isso é um alerta para quem não desperta para a janela aberta que é a transformação.

Se distrai, fica só como um bonsai, até que o pano cai e não houve evolução... é um sinal que tu tens de olhar para dentro e ver afinal o que é que queres para ti mesmo, no centro! Ser fiel ao sentimento e não temer a mudança que te exige esse momento.


Era urgente recuperar a independência que me define, voltar a reconhecer-me e a pisar terreno firme, a olhar para mim em vez de ter de olhar por mim, a confiar na vida e que a morte não é um fim. Eu nem que tente consigo controlar tudo. Estando consciente desisto disso e não me iludo, relaxo e estou num mundo vivaço ou moribundo, sem medo do futuro porque eu sou um ser fecundo e o meu sonho pode tudo e vale tudo, o impossível sobretudo! Eu vou saltar o muro, sismas eu derrubo, minhas cinzas são adubo, já sei qual é o fruto… 
vai crescer amor profundo!
(...)"

Capicua, "A Volta" em Capicua 320 ou (nunca vou descobrir tralvez), Capicua Goes West vol.I

domingo, 26 de janeiro de 2014

te garanto

ouve, és um otário. se o que leste em mim foi meia dádiva, és um otário. não havia como não compreender que sempre estive de alma e coração. também estavas lá, era fácil captar. enquanto não olhares na minha cara e disseres, do fundo, do mais fundo que exista em ti, que me deves desculpas, um cento delas e um abraço no fim, não me hás-de ter em ti. garanto. nem por outra via há-de estar esgotado esse assunto; tu mentiste. eu não te minto. se tu me mentes por desporto, havemos de estar cá para receber o título.

Mimos*