domingo, 7 de outubro de 2012


Este blog não faz sentido. Escrever sobre mim não faz sentido porque eu não me conheço assim tao bem… ainda não sou ninguém se quer. Este blog aumenta a minha auto-estima de forma estúpida porque me justifico ao meu alter-ego acerca do que faço ou penso. Isto é, legitimo-me; procuro fazer isso a toda hora porque ainda não sei do que gosto na verdade. Prometo calar-me mais daqui para a frente. E isso devia ter escrito quando o senti na pele mais do que nunca… assim que cheguei a casa de novo, respirei fundo e pensei: sente, não digas nada a não ser que alguém se magooe se não o fizeres.
Hoje o meu irmão falou-me sobre o mundo que é um sítio horrível onde as pessoas não vêm que tu és lindo constantemente; custou-me porque tenho-me sentido excelente no meu mundo onde só relações sociais existem. Encarar que lá fora todos somos diferentes de facto, tal como eu estudo e debato mas não tenho noção… todos temos um valor diferente a transmitir ao mercado e isso tem-se tornado um assunto muito sério. Seriedade, contrária à minha espontaneidade; mas isso nao tem necessariamente de me assustar. Tudo se faz e acontece, agora, se agarres a oportunidade deste instante e não te focares no que vais pensar no instante seguinte sobre isso que acabaste de fazer.
Nem todos têm de aceder ao meu pensamento. Ele por si só basta. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012


Era isto que me fazia falta. Fazer coisas. Ser útil. Estar de acordo comigo. Ir. Realizar. Ver o resultado do trabalho ou do esforço. Descansar meritoriamente. Deitar a cabeça na almofada e sentir-me cansada e a precisar de 8h de sono. Não mais. Sono a mais interfere, carne vermelha ainda mais interfere e a combinação de ambos destrói o meu espírito. Voltei a encontrar-me e até acho que nunca tinha estado tanto em mim. Sinto-me a crescer, com tudo pela frente mas com alguma maturidade; a suficiente para me fazer pensar que cada momento é decisivo. Cada instante não é mais nem menos que ele próprio, desfrutá-lo é o suposto. Se o sentirmos e fizermos de acordo com aquilo que ele nos pede, vamos ter uma vida feliz e calma; o “agora” determina todo instante seguinte e quando esse instante seguinte se fizer sentir como “agora”, vamos sentir paz por termos dado o nosso melhor no anterior.
Disciplinarmo-nos é a única forma de nos tornarmos melhores, e portanto, de nos conduzirmos aquilo que projectamos sobre o que queremos ser. Pessoas melhores, mais felizes, mais satisfeitas. Mesmo que isso implique um certo desconforto, que provo agora com sabor e cheiro, que é só um desconforto inicial. A vida ensina-nos e quando abandonamos o nosso método habitual para lidar com as situações, se soubermos que essa alteração foi para chegar a um fim de facto gratificante, isso não nos dói tanto. Ou nada. E mudanças doem sempre, seja de que forma for.
Ando cansada demais para parar a pensar. Mas nunca deixo de pensar muito e bem, em todas as situações de actividade. Essa diferença mostra-se-me como a barreira entre questionar as coisas mas não morrer por dentro com isso. Porque quando pomos em causa, deixamos de conseguir encontrar a plenitude ou a perfeição… os argumentos, os prós e os contras se forem demasiado estudados e avaliados, em 70% das situações com que nos confrontamos revelam-se inúteis, vazios de sentido. Precisamente por os termos explorado demais. Nos restantes 30% do que nos acontece no dia a dia, é importante questionar profundamente prós e contras se formos juízes. Eu vou sentir-me realizada quando tiver todos os dias da minha vida, um bom período de horas em que tenha de questionar coisas quase até ao fim. Para o juiz esse exercício de questão acontece dentro de parâmetros rígidos é certo, mas não deixa de ser eminentemente interessante.
Descobri-me outra vez mas não tive grandes surpresas. Se calhar por isso, por me estar a descobrir “outra vez” apenas… o pano de fundo sempre esteve lá. Ele só precisava de calma. Tenho tido demasiada agitação mas nenhuma frutífera e agora… agora é o momento. Este instante irá condicionar o próximo enquanto eu o sentir como “este mesmo instante”, vou fazer de tudo para o desfrutar, para aprender com ele e com isso, rever a minha tese sobre as Coisas, sobre o mundo, sobre mim até.
Sou feliz. E livre! 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

"love me two times baby, love me twice today.
love me two times  [boy], I'm gonna away"

sem despedidas, vou só apanhar sol e ser livre de facto durante dois meses. depois regresso ao mundo

sábado, 7 de julho de 2012

Ponho setenta barreiras ao brilho dos meus olhos quando te encontro por acaso, isto é, sem termos combinado encontrar-nos. Costumamos falar demais até, mas contigo aprendi a pensar três vezes antes de falar. E como tal, tenho pensado em como e quando dizer-te isso, que me marcas imenso só pelo teu espírito. Agora que me lembro, esse desabafo saiu-me de facto, num momento de descanso pós-sexo, ainda nús um sobre o outro deitados, tortos na cama e nas costas; confessei-te que "me apaixonas pela vida a cada segundo" e apertaste-me depois, sorrindo imenso e com o olhar mais doce que tenho visto em ti. Eu sei que sabes o que não digo, e também tenho noção que penso demasiado nisso. Mas sabe-me bem, isto afinal é o que eu sou: sem perguntas, sem declarações com efeito implícito de prazo de validade, sem pensar se seremos a alma gémea um do outro. E por isso mais interessante se torna: depois de pensar em todos os "não bruna, não aches que é amor para sempre porque... tu não és isso" e de portanto, criar as tais setenta barreiras de limite ao meu carinho por ti, encontro-te sem estar à espera e fervilho por dentro ao ler o teu olhar ansioso por um beijo quente. Quando decidi ir embora já nos tínhamos envolvido, e de forma alguma julguei isso como um entrave, mas há aqui uma rede de química que tenho tentado quebrar por mil e uma razões mas que se verifica de facto. E por isso olho para o teu meio sorriso e penso no Algarve e na minha decisão de ir sem pensar porquê nem como, o que inevitavelmente me dá um nó gigante na barriga. Mas irra, eu já sabia que ia ser assim. Não posso pensar, tenho de viver só. Quando essa minha experiência chegar ao fim ligo-te para irmos ao Avante, e depois ainda voltamos a Coimbra para três dias sem sair da cama a não ser para ir buscar erva e vinho do Porto, sem ver a luz do dia mas a alimentar a nossa luz que ainda nenhum dos dois entendeu de onde vem. Vou ter saudades tuas, muitas. Eu volto, espera por mim. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Até a minha pele tinha falta de sexo decente. Acho que vou sentir a tua falta quando for embora, mas logo se pensa nisso... vou ler o livro que me deste ao sol ou sob a lua, lembrar-me da tua quase euforia matinal e sorrir. És uma pessoa especial, o mundo devia agradecer-te e eu também; quando voltar, se estiveres por cá, sei que terás um abraço para mim. Ou até um beijo com sabor a menta, quem sabe. Se entretanto tiveres partido na concretização do teu destino, que é o de pertencer à Natureza, e tiveres encontrado um sítio com cocos e bananeiras onde "a maior preocupação seja que para a semana chove e tenho de tapar as batatas", sorrio novamente como fiz enquanto lia o "The Doors of Perception" e sinto, mais uma vez, a tua tranquilidade em mim. Talvez até com mais força do que sentiria no abraço de Setembro. Obrigada, ensinaste-me um pequeno segredo... é preciso ser-se feliz. Realmente feliz. 

sexta-feira, 29 de junho de 2012



Se alimentar o que vai na minha cabeça vou levar-me à ruína. 
Quero sair daqui, lavar a alma e o corpo. 
Eu estou bem, tudo corre bem como costuma. Vou fazer as cadeiras todas mais uma vez, e com boas notas, cá em casa vai tudo nos conformes e tenho-me sentido tranquila porque ouvir um homem excelente contar-me o que se passa na sua cabeça agitada é ainda mais espectacular.
Mas sinto-me vazia. Quero viver, não estar presa por estas amarras institucionais que não me deixam sorrir quando quero, nem correr atrás do que me apaixona de verdade.
O meu curso é o que eu sei fazer bem, é o meu talento e eu defendo muito que toda gente deve seguir o seu. Mas agora que o concretizo, que olho em redor e penso se realmente me valerá a pena, sinto-me uma mentirosa porque me engano a mim própria. Eu quero saber da actualidade e quero defender até ao fim quem não o sabe fazer por si. Quero concretizar justiça, verdade, igualdade material, isto é, tratar por igual o que é igual e por diferente o que é diferente. A questão é que para que isso aconteça num mundo como este em que me encontro, talvez necessite de uma postura perante a vida que eu não quero ter.
Não consigo aceitar tranquilamente a ideia de dar todo o meu génio abstracto a um sistema, porque a vida é só isto: o agora que se faz sentir neste sistema, que só é este e não outro porque um conjunto de condições o proporcionou.
Quero sentir, viver. Correr e ser livre. Viajar e trabalhar ao balcão de uma esplanada à beira mar num país quente e pobre, onde possa concretizar justiça com as minhas mãos e não com as minhas palavras.
Estou a sentir o quase colapso disso mesmo. Não quero voltar à faculdade mas vou fazê-lo porque os meus pais não têm culpa do meu devaneio, e no fundo, nunca o iriam compreender mesmo que lhes explicasse que eu também não tenho culpa dele. Quero ser feliz e parar de achar que estou apaixonada pelo mundo só porque tenho ânsia de sentimento; nunca vou casar, e se tiver filhos sei que o pai deles não vai estar ao meu lado durante muito tempo. Não sou capaz. Não sei fazer isso de fechar os olhos e me entregar a alguém. Por isso gosto do Adrien e o magoo todos os dias, quando diz que me ama e me quer para além do universo. Porque não quero amar, nem ser amada porque sei que não vou saber retribuir. Há mil coisas à volta de um amor resignado que eu quero viver. Quero ir sozinha para longe daqui e sofrer na pele a dor que é dormir no chão só para ajudar alguém. No fundo, eu sei que sou eu quem precisa de ajuda.

quinta-feira, 28 de junho de 2012




I love all the many charms about you
above all, I want my arms about you
don't be a naughty baby
come to mama ,come to mama do

segunda-feira, 25 de junho de 2012



Acho graça ao carinho que pões no caminho entre o sofá (situado à frente da televisão onde jogaste FIFA09 durante hora e meia) e a secretária onde me encontro, vidrada num site de merda qualquer, provavelmente a ouvir uma banda de trip-hop que para mim é nova. Perguntas-me quem são esses que estou a ouvir, sorris com metade da boca e a meio-gás confessas “às vezes esqueço-me que tens 18 anos, mas sabe bem lembrar-me”.  O teu meio sorriso é qualquer coisa que eu penso ter até uma textura definida. Se conseguisse agarrá-lo levava-o comigo e trancava-o numa caixa colorida, como a tua alma também é. Não te conheço bem. Não te conheço, aliás. Sei como reages às minhas brincadeiras, presumo que estejas de bem com a vida porque só essa conclusão é possível nas tuas histórias, conheço o teu cheiro e sei quando pões perfume atrás das duas orelhas e não apenas na direita como fazes habitualmente. Não queres casar comigo, nem te vejo apaixonado como eu também, honestamente, não estou. Mas invejo-te, ao mesmo tempo que adorava ter muito e bom sexo contigo. Invejo a tua aura, límpida, cristalina e que contrasta com a tua pele mais morena que a minha; as tuas mãos atraem-me seriamente, e não, não se deve à minha falta de sexo - não é tesão de mijo, como lhe chamas – e por isso nos imagino várias vezes nus, ou só eu a despir-me para ti, ou tu a agarrares as minhas ancas para me virares de costas e me poderes lamber, como gostas.
Não tenho muito bem um nome para dar ao que sinto quando te vejo entrar, ou até só quando sei que vais chegar dentro de momentos. Não consegui resistir ao teu charme encantador naquela noite, de camisa, laço e bengala. E o meio sorriso, sempre. Não é que não goste quando ris com aquela alma colorida toda. Adoro. Aliás eu adoro é ver-te bem, sentir-te bem. Seguro, calmo e de bem com tudo. Quero tudo isso para ti, e sem merdas, gostava de ser eu a dar-te isso tudo de bom, estar ao teu lado e ser a tua companheira. Ensinar-te o cubo mágico e ouvir-te falar (ainda mais) de Newcastle, dos teus amigos Paquistaneses, Indianos, gays não assumidos ou viciados em má cocaína. Se viajássemos juntos gostava que fossemos dar uma volta ao mundo inteiro porque vejo em ti o melhor dos juízes. A ponderação com atitude não resignada mas também não ansiosa. E por isso me mostrarias o Mundo, como se o conhecesses mas com a humildade de quem tem noção que não sabe nada. Aprenderias culinária dos quatro cantos do planeta, e eu provava da tua mão como fazemos agora quando cozinhas aqueles pratos que eu nem sei pronunciar, quanto mais apreciar decentemente. Eu conheceria a maior variedade de Wisky’s possível, e sei que também ias gostar de estar lá a ver-me ficar quente e sorridente com o arrepio que o bom wisky me provoca no fim da espinha. Fumaríamos erva de todos os sítios só para saber onde há a mais espontânea, isto é, a menos cuidada mas mais saborosa. De erva gostamos os dois, como de Acid-Jazz e de sexo em locais públicos.
É isso que sinto. Vontade de ver, conhecer e viver ao teu lado. Muito por saber que és a personificação de tudo o que eu quis um dia ser, calma e segura, mas em 50% apenas porque sim. Porque um dia chegaste ao spot onde fumo erva e bebo wisky com o meu primo de quem nunca pensei vir a gostar, e iluminaste qualquer coisa no meu espírito. Vamos lá viver esse meio amor; o amor inteiro tem-me doído demais e eu amar amo o meu Adrien que não quero ao meu lado porque ele me ama demais também. Também aprecio o teu meio sorriso, assim como vamos gostar de comprar uma auto-caravana a meias. Até lá, e no caminho, eu esqueço o teu fetiche por mulheres mais velhas e tu ignoras os meus 18 anos do papel. Só para sermos o que defendemos ser a vida: um mergulho de cabeça num mar que nem se sabe se existe. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012




Should I fall out of love, my fire in the light
To chase a feather in the wind
Within the glow that weaves a cloak of delight
There moves a thread that has no end.

For many hours and days that pass ever soon
the tides have caused the flame to dim
At last the arm is straight, the hand to the loom
Is this to end or just begin?

All of my love, all of my love,
All of my love to you.

The cup is raised, the toast is made yet again
One voice is clear above the din
Proud Arianne one word, my will to sustain
For me, the cloth once more to spin

Yours is the cloth, mine is the hand that sews time
his is the force that lies within
Ours is the fire, all the warmth we can find
He is a feather in the wind

domingo, 17 de junho de 2012


domingo, 3 de junho de 2012


Agora a estudar lembro, logicamente, das aulas a que não fui. Lembro-me é da falta que elas me estão a fazer, mas também sei porque é que não fui e nem me arrependo assim tanto; não se surpreendam com a facilidade em seguir sem olhar para trás, chega a roçar no sem-escrúpulos… Bom, em todo caso, vem-me à cabeça particularmente as aulas de Introdução, este semestre optei por umas aulas do professor que me fez a prova oral - numa faculdade onde essas coisas contam ganha quem fizer melhor o jogo e nem custa nada engrossar a tendência porque de facto, aquele professor é uma força da natureza. Tem no máximo 28 anos e veste-se de uma forma classicamente interessante - e o termo “classicamente” acompanho-o de conotação muito acentuada- mas para além do charming  exterior, há algo de mágico no seu discurso. Tomei isso como prepotência até dobrar a opinião e sentar-me numa sala pequena, quase à sua frente numa aula qualquer. Digo qualquer porque não fazia ideia do ponto em que estava na matéria, e dizendo a verdade, nem sabia qual era a matéria.
Toda esta descrição apenas para chegar aqui: disse então o professor, mais ou menos nestas palavras… “como é que nunca pararam para observar a melhor particularidade desta influência que o jurídico provoca nas nossas vidas? Não há pergunta que para vós não seja respondida começando “por um lado…” e termina inevitavelmente com “mas pelo outro”.”
Não falamos aqui de retórica, de pôr no discurso uma forma que seja benéfica à nossa posição ou ideia que defendemos. Isto é, não se trata de dizer primeiro a parte má deixando o que achamos correcto para o fim para que caia num tom melhor. Ou vice-versa. Não é isso. Quando alguém nos conta uma história, quando qualquer coisa acontece diante dos nossos olhos ou nos é perguntada uma opinião/decisão, nós os juristas –permitam-me-  temos uma inevitável visão com três compartimentos estanques: de um lado, uma parte da história/facto, do outro, a outra parte do facto ou da história. No meio situa-se o tanque da verdade e ambas as partes, hão-de constar dele, em tópicos ou pontos que pareçam ser dignos dele. Não pensem isto tudo como uma complexidade provocada por quem explora um género de linguagem muito exigente, isto é, diversificado mas sensível.
Há uns tempos, entrei numa loja de velharias muito estranha mas com uns livros deliciosos. A Sara ficou em êxtase e quis mesmo levar um e o senhor, presumo o dono, ofereceu-lho e deu um bom discurso de 20 minutos, em tom muito apressado que eu diria quase louco. Mas disse coisas interessantes, como o facto de em tempos ter escrito muito bem. Chegou a publicar uns livros (que andavam por lá perdidos entre as dezenas de pilhas até ao tecto, mas que ele fez questão de ir buscar) mas que depois se burocratizou demais. Formou-se em Direito e no tempo dele, “oh menina as coisas tinham o seu valor”; trabalhou muitos anos ligado a grandes advogados. Dizia que a sua comunicação estava acorrentada pela linguagem em que permaneceu durante largo tempo e eu percebo-lhe a angústia.  

terça-feira, 29 de maio de 2012


Tive um momento. A minha cabeça está frita de mais, de facto. Achava que a coisa podia passar em claro… elas não matam mas moem. Devia recompor-me. Pelo menos devia ter recomposto algumas faltas que dei ao organismo há umas semanas atrás, essa doeu especialmente.
Fora isso, não sei o que se passa. Só sinto isso, como causa de todos os males espirituais; é o meu pano de fundo em todos os assuntos: preciso de descansar, reorganizar, para voltar mais calma. Isso inclui-te a ti e a tudo em geral… mas nunca sei parar. Devia tanto. Fechar os olhos e ter ainda mais calma. Fiquei um bocado surpreendida por ouvir dizer, da boca de várias pessoas que conheci há alguns meses atrás e que me têm acompanhado desde então, que sou uma pessoa sempre calma. Depois parei um momento, olhei em estilo barra cronológica como tenho reagido tanto a situações de drama como de felicidade, de forma extremamente calma. Ponderada. Não se inclui nesta dedução a premissa #homens. Bolas, estava a esforçar-me para não falar em homens desta vez; inevitável.
Vou descansar, mais uma noite, sobre os pensamentos extremistas em que patino antes de chegar ao limbo. Antes de adormecer o mundo é algo que não sei bem como caracterizar numa palavra, nem tanto numa expressão se quer; pensando bem, nem com um desenho, tridimensional e em movimento, conseguiria explicar o que significa para mim “o mundo” ou que baste, “a realidade”, antes de adormecer. É por isso que costumo descrever Pensamento Jurídico como isso mesmo, um objecto sem forma definida, tridimensional e em movimento no escuro/vazio. É que “o mundo” que imagino na minha mente antes de a deixar cair no sono tem exactamente o mesmo requisito que o Pensamento Jurído para que possa ser concretizado/finalizado: precisam da experiência. Do terreno, da situação em concreto que é única e singular e por isso jamais poderia ter sido prevista. Pode enquadrar-se em muitas categorias mais amplas mas ela nunca aconteceu antes e portanto, ninguém anteviu as consequências que dela podiam advir. No mundo que imagino antes de desligar o meu turbulento consciente, as coisas só existem “a metade”; as multiplicidades de planos ou ideias pecam por não serem experimentadas no terreno, de verdade, no mundo que há quando acordo e me esqueço do que teria visto umas horas antes.
Estou a divagar demais, vou-me perder. Como sempre.

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Who's Gonna Save My Soul?

Gnars Barkley



Got some bad news this morning
Which in turn made my day
When there's someone spoke I listened
All a sudden has less and less to say
Oooo how could this be?
All this time I've lived vicariously


Who's gonna save my soul now?
Who's gonna save my soul now?
How will my story ever be told now?
How will my story be told now?


Made me fell like somebody
Like somebody else
Although he was imitated often
Feel like I was being myself
Is it a shame that someone else's song
Was totally and completely depended on?


Who's gonna save my soul now?
Who's gonna save my soul now?
I wonder if I'll live grow old now
Getting high 'cause i feel so alone now


And maybe it's a little selfish
All I have is the memory
Did I never stop to wonder
Was it possible you were hurting worse than me
Still my hunger turns to greed
'Cause what about what i need?


And oooh
Who's gonna save my soul now?
Who's gonna save my soul now?
Oh, I know I'm out of control now
Tired enough to lay my own soul down

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Enquanto almoçava com um amigo e ele me contava como eram as paisagens de Angola, de como o racismo era a realidade presente “nas casas, nas ruas, nas pontes…”, dizia-me ele também que acha que vai morrer sozinho porque nunca ninguém o irá aturar à mesa. Demora talvez hora e meia num simples prato de filetes com arroz, mas continuo a achar-me um caso mais grave por demorar uma vida a saber entender-me.
Voltei a chorar de saudades do amor da minha vida que mandei pela janela. Faz isto sentido? Não faz. Tenho um grande amigo, o Y, que costuma dizer que nós os dois juntos na cama a beber whisky daríamos um quadro, uma música, um poema e até uma escultura. É interessante o nível de sinceridade que atingimos juntos, não sei se pela facilidade com que nos rimos do facto de jamais virmos um dia a ser um casal, se pela beleza da nossa relação assentar nessa amizade com atracção e sem ciúme que agora, já mais crescidos do que no primeiro beijo, descobrimos que existe e que é sublime, de facto. Sinto-me calma depois de ter sexo com ele, parece que a nossa química significa estarmos sempre prometidos a alguém, e hipocrisias à parte, toda gente no mundo gosta desse feeling.
Voltei a dormir com o X e odeio-me por isso. Odeio-me por me ter apaixonado e não saber recusar pôr-me de joelhos à frente dele porque gosto de facto dele, dos seus olhos verdes e da sua voz marcada pela tequilla… gosto daquele quarto. Meu deus, como gosto do calor daquele quarto. Traçou-me a capa e disse-me que me queria feliz e não subordinada como sou com ele, que não me pode ver de longe que já me quer perto. Mas nenhuma dessas palavras me fez apagar a raiva que senti quando me vesti e acalmei a agitação do álcool no meu sangue. Não o quero ver mais, perfeição do demónio que me leva para a cama a seu belo prazer e mais grave, sabe disso…  nem quis acreditar que tinha voltado a cair na esparrela. Ou melhor, não quis acreditar que ele achasse que quem canta o cântico das sereias sou eu. Pediu-me que prometesse  que aquela era a ultima vez que estávamos juntos, pelo menos nus. Gritei com ele, bati-lhe e só não chorei por vergonha. Eu sinto-me enfeitiçada pelo seu discurso inteligente mas sou solteira, durmo com quem eu quero e lidar com as consequências morais disso só no âmbito do meu interior, não tenho ninguém em casa à minha espera a quem vou ter de mentir. Ele tem e por isso, que se amanhe e mais importante, que se afaste de mim pelo amor de deus.
Voltei a entrar em apatia. Verifiquei se seria sintoma pré-mestrual e ainda bem que o fiz, porque o era realmente. Fechei os olhos, acendi um cigarro enquanto desejava que fosse uma ganza e caí em mim por momentos. Breves instantes em que me deparei comigo mesma, aquela pessoa que a minha querida Inês me fala que vai ser a única que vai estar lá no fim de tudo. Eu sou isso, a mulher que se deita com um homem das ciências por adorar que nunca ponha fim aos seus argumentos humanísticos e que por isso, e por ele ser extremamente bonito também, afirma convictamente que se apaixonou e por isso não lhe pode dizer que não, só mais desta vez… também sou a mulher sensata que tem um amigo com quem dorme depois de ouvir a chorar a mágoa do seu relacionamento fracassado. Sou também a mulher que não gosta de homens, por gostar de todos. Cada um em sua valência, cada um na sua esfera e no raio que o seu âmbito lhe permite. Gosto do meu amigo que viveu em Angola até ao ano passado por me encaminhar numa conversa deliciosa. Gosto do L porque a textura da pele da parte de trás das orelhas dele é a coisa mais incrível que já senti com os meus dedos.  É delicada e ensinou-me uma forma de amor muito bonita, que acho que nunca vou saber alimentar, mas em todo caso… ela está aí. Gosto do Ç, que gosta de mim. Muito de facto, mesmo muito. Gosto de beber vinho e comer amêndoas com ele, de ouvir os seus preceitos de ensinamento chinês. Engraçado como dormimos juntos e bêbedos várias vezes na mesma cama e em como não houve sexo, nem necessidade disso parece-me. Gosto do G que é um puto com quem gosto de dar umas voltas porque a volta dele é realmente interessante, desafiadora; é aliciante ensiná-lo, explicar-lhe que se voltar a contar aos amigos que quase me fodeu, vai ter problemas sérios porque comigo as coisas não funcionam assim… no entanto, gostava que ele estivesse ali no sofá ao lado deste onde me sento, ia rir com certeza e teria a sua piada, como de costume.
De ti, gosto sem saber porquê. Aliás, todos os porquês me dizem para esquecer isso, que não vale a pena, que o que foi foi e não volta mais. Mas o teu cheiro persegue-me para onde quer que vá, e se o ignorar, o que ele faz é subir do meu nariz até ao meu cérebro, já que às explosões que faz acontecer no meu coração eu não ligo. Tenho saudades tuas, do nosso entendimento quase celestial. Apesar de nada na minha vida querer que tu estejas lá para ver, continuo a amar-te meu querido. Acho que o mais engraçado é mesmo saber que és do género de homens que não suporta mulheres como eu, as que dormem com o homem das ciências e ameaçam o puto para que ele não conte aos amigos. Eu sei que me amas também, amar-nos-emos para sempre e disso, também sei que sabes, assim como sabes esse género de mulher que sou. Perdoa-me mas não ignores que te perdoo todos os dias também, por tantas outras coisas que se assemelham e não à crueldade que cometi contigo.  Tu és mesmo daquelas doenças que não têm cura, e eu realmente já não sei o que fazer com o que sinto por ti. Por todos aqueles sei como me sinto, o que me fazem, porque acontece. Contigo… só quero que volte atrás e que naquela passagem de ano, eu cheirasse também uma linha de MD contigo. Compreender-te-ia, aglutinar-nos-íamos e mais que um texto, uma música ou um quadro, faríamos uma história feliz ao nosso jeito, que é nosso e de mais ninguém. 

Tenho de vir aqui apontar isto, para o caso de algum dia me esquecer.
O Deau perguntou-me o nome durante o concerto e até tive direito a um freestyle só para mim; lembro-me de corar várias vezes com as picardias que me ia lançando num tom sexy e intimista, mas não me lembro nem de um verso seguido. Ficava contente se encontrasse um vídeo desse momento perdido por aí. Se não estivesse tao bêbeda talvez tivesse filmado eu própria, mas fiquei boquiaberta e não deu.  

sexta-feira, 11 de maio de 2012

"açucar 
tu para mim não és mais de açucar...
e eu queria tanto estar contigo,
podia até ser por baixo de ti.


 a minha vida vai ficando mais curta 
e o meu desejo está sempre a mudar 
é isso que eu sou 
se durmo só com uma ás vezes sonho com mais de mil 


ajudar eu posso te ajudar,
eis o meu plano:
tu fazes de conta e eu torço para que me enganes bem 
eu já notei nenhum de nós é aquilo que diz 
e o que temos em comum é que eu pretendo tanto quanto tu...
ser ainda mais feliz,
mãos no chão,
boca aqui,
pés na mão
e eu em ti
e tu em ti 
filma assim,
filma tu,
eu nu"


Manuel Cruz, "Acorda Mulher" 

terça-feira, 24 de abril de 2012

‎"Um brinde aos meus defeitos, porque com as minhas qualidades ninguém se importa mesmo."

segunda-feira, 9 de abril de 2012


Ofereceram-me uma agenda. Gosto dela, muda de capa consoante as estações e o mês de Julho é vermelho às riscas, é uma cor alegre e gosto do meu aniversário estar associado ao Verão, é algo a que sempre atribuí emoções positivas e gosto que coisas comprovem isso. Coisas… factos! Como gosto que aconteça com o número 3. Costumava ser o número 3 na escola e para além de ter nascido em 1993, lembro-me particularmente do ano 2003 porque teve imensas controvérsias. Mas o meu cão nasceu nesse ano, e o meu primo também. Não interessa, gosto da agenda! Foi o meu outro padrinho que aconselhou a minha madrinha, e perante argumentos até interessantes como eu ser caloira e precisar de organizar os estudos e as obrigações restantes. Hoje decidi realmente acolhe-la como minha e registar algumas de facto-obrigações, de como é a exemplo a minha frequência de Introdução ao Pensamento Jurídico Contemporâneo que é quarta-feira.
Ainda não li nem metade da matéria mas sei que me estou a sair bem. Se ler tudo e compreender como fiz até à parte em que estou, sei que vou tirar boa nota. Devo isso a alguns genes não identificados, mas em todo o caso, obrigada pai-obrigada mãe. Mas confesso que me preocupo em escolher o método mais eficaz, menos penoso e mais com vista ao fim que se prossegue possível.  Só que tudo numa questão de tempo mais apertada. Até se sentir que “é agora” nunca se faz nada.
 E eu decidi que é agora.
O meu querido Adrien dizia-me que as pessoas têm de ter um núcleo dentro de si que preservem, que seja repleto do que de melhor e mais sensível se sabe sobre a vida e sobre as coisas em geral. Ele cultiva-o a ler, e diz sinceramente que não poderia aguentar Street Life sem se auto-confrontar diariamente com outro universo. A nossa conversa era sobre linguagem, palavras, saber falar. Ele sabe falar muito bem, tão bem como eu. Mas agora aplico essa ideia do núcleo essencial no interior da nossa mente para explicar que ao estar ao lado dele, não consigo guiar-me como eu sou, e como esse tal núcleo defende que seja. Isso projecta-se em imensas situações e uma delas é flagrante, o que me faz estranhar aquela frieza de quem me diz que não quer saber o porquê, apenas  percebe que não é para ser. Claramente que me sinto uma otária, por ter sido eu a propor o contrato e ser eu a falhar com a minha parte. Lamento isso, mas quando me encontro com o meu núcleo, garanto que ele me oferece o copo em tom de brinde e sussurra… “à nossa!” 

domingo, 8 de abril de 2012

"And then I go and spoil it all by saying something stupid like "I love you"(...)"


Frank Sinatra, "Something Stupid" 

domingo, 25 de março de 2012

fico com a dúvida indestrutível de saber se é correcto isto de ceder ao conforto de quem já sabe o que a casa gasta

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mandei um suspiro daqueles. Sabem, aqueles suspiros. E foi estranho de início… primeiro estranha-se e depois entranha-se. Sente-se, percebe-se que é raro suspirar daquela forma mas mais que isso, entende-se que a questão não é essa; é fazer sentido, encaixar. Porquê fazer um puzzle sem começar por separar as peças que compõem a lateral das restantes.

Mas as coisas não são bem assim. Gosto de me sentar no sofá e fechar os olhos enquanto vivo calorosamente aquele sentimento de quem ainda tem a moeda na mão porque não comprou nenhum bolo. Ainda é possível comprar todos os bolos do mundo, com a moeda na mão. Esse cruzamento é dos momentos mais interessantes do nosso percurso.

Fui às aulas hoje. A uma aula. Das que custam, atenção. Não entendi nada, doeu-me a cabeça. Queria fumar mas quando pude fumar já não queria. Agora até os meus vícios têm caprichos, devo estar a perder o controlo sobre mim própria! É, só entendo as coisas quando o quotidiano me revela os seus sintomas. Às vezes chegam a doer, como os sintomas convencionais de patologias. Conheci um rapaz que vai ser médico e mede a tensão arterial aos amigos, jogou poker com uns óculos de sol sem lentes. E ganhou! É um bom rapaz, não é bonito. Ou talvez seja, não sei… vai ser médico, que bom. Peguei num livro de patologia em casa de um outro amigo, daí ter-me lembrado do Filipe que vai ser médico. Descobri que a minha memória não falha, às vezes não consigo é desencadear o processo de me lembrar das coisas. A Inês diz que demoro imenso tempo a arrumar as minhas coisas, que se quer ir embora e já nem dá tempo para beber café. ELA QUER SEMPRE BEBER CAFÉ! (tu sabes!) Devia parar com isto, faço tudo como sinto e depois racionalizo, +(-)= - toda gente sabe.

sábado, 10 de março de 2012

second time, actually

"deine augen sind wie sterne"

quarta-feira, 7 de março de 2012

tudo o que ensinaste, tudo o que te mostrei, tudo o que senti, tudo o que me fizeste chorar de emoção... nada disso cabe em nenhum conceito como o de "namorado" nem mesmo o de "amor da minha vida". és mais, sempre mais, e sei que nunca vou esquecer que é só encostar a cabeça no teu peito e logo tudo à volta se torna mais fácil, menos doloroso, mais feliz.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ando a chegar a um existencialismo complicado. Comentei isso com um amigo a caminho de Espanha no domingo passado. Não sei bem o que me atormenta mas a isso já eu estou acostumada. Sei que tenho o dom de atormentar outras vidas que me circundam, e também sei que não meço bem a intensidade que isso traz consigo. Enquanto conversava com a talvez minha melhor amiga, ela ocupava-se do jogo perigoso que é o de me convencer das minhas capacidades mas por incrível que pareça, não foi muito frutífero. Entrei numa apatia para a qual não tenho solução; há aspectos na minha vida que gostava que estivessem noutro ponto da situação, ou que pelo menos, eu tivesse feito algo para que isso acontecesse.

Experimentei novas sensações. O sangue frio da cocaína trouxe-me à tona alguns medos, como o de ter medo. Todos os meus debates interiores, por muito variados que sejam, terminam invariavelmente na conclusão que só um meio-termo é resposta à boa forma de fazer as coisas. Essa minha amiga aconselhava-me a escrever crónicas para jornais, nem que fosse para ler o meu nome num jornal de renome. Pelo meio, ia-me contando a dor que a persegue em não conseguir descomprimir-se, aquela tendência para o autocontrolo que quase roça no doentio, e eu ia-a aconselhando de que uns bagaços a fariam olhar-se ao espelho e descobrir coisas sobre ela própria. Dou muito valor a experiencias que desencadeiem conclusões fortes e sem palavras que as expliquem, por isso mesmo atribuo tanta importância às minhas experiencias com drogas. Mas agora sinto necessária uma certa lavagem emocional e até factual, isto é, uma limpeza orgânica propriamente dita. Vou experimentar ficar afastada de certas drogas durante uns tempos. E o sexo é uma delas. Há uns tempos despi-me para um homem enquanto ele se masturbava e gritava que me queria “foder até não conseguir mais”. Adorei. Ia sorrindo enquanto me tocava também, mas isso quase soou secundário porque não consegui desviar o olhar daquele ar de prazer total que o pequeno bastardo expirava. Desde esse dia que percebi que se algum dia acontecer eu descobrir o que é mandar um risco de cocaína e foder (ser fodida vá) logo depois, me perco para sempre. Desisto do meu curso e dos meus ideais e vou deambular por aí como tanto ameaço. Com isto quero explicar que conheci o limite do EGO na sua luta contra o ID, e desde então não quero sucumbir ao prazer. É doentio também, como a Marina que sucumbe ao auto-controlo. Um dos extremos nunca será uma resposta saudável a nenhuma questão, nem mesmo naquele momento em que preferia que ele se tivesse vindo na minha boca do que se tivesse controlado quase abruptamente só para me “foder até não conseguir mais”.

Por falar em boas fodas, tenho sonhado com o Afonso. Mata-me isto de ter experimentado o medo de ser rejeitada, sobretudo depois de me teres dito que sou fria na cama. Não era nada disso que te queria dar, e não seria nada disso que eu queria dar ao Afonso também provavelmente. Como tal, é mesmo melhor ficar no meu canto do que ir contar-lhe que me apaixonei mesmo não sabendo agir como uma apaixonada. E isto sim é doentio, mas (com muita pena minha, sublinhe-se) não sei de facto ser romântica nesse conceito que as massas conhecem. Com ele poderia ser tão romântica como ele foi sem saber; o meu inconsciente provavelmente também faria com que o abraçasse enquanto dormia. É ridículo mas o arrepio que senti nesse momento em que acordo na cama de um desconhecido e quando penso em levantar-me antes que ele acorde, ele me puxa para si e enrola as mãos à volta do meu pescoço, há-de ficar presente na minha memória por muito tempo. Apaixonei-me naquele segundo, acredito muito nisso. Mas não, não vou abanar a vida dele porque sou uma otária que não sabe atribuir importância às coisas e se aborrece com mais rapidez do que se interessa. Vou continuar neste castelo frio e vazio que é a minha consciência e acho que, não é que seja intencional, só se vai quebrar quando o encontrar na rua e ouvir algo como “porque é que não me disseste mais nada, tenho pensado tanto em ti”. Como isso nunca vai acontecer, vou continuar a contentar-me com o prazer carnal de me ver alguém masturbar-se à minha frente e por minha causa.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

tenho dois focos de calor na cabeça, na zona atrás das orelhas. tremi de frio e eles continuaram lá. preciso de dormir 12h, alimentar-me decentemente e descansar muito. muiiiiiitooooo....!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012



primeira quinta-feira do semestre.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"I feel that you shouldn't get involved in an intimate relationship
Until you are emotionally mature enough to handle it totally
Able to cope with your feelings and your sexuality
Without guilt, inhabition or phoniness
But with love, tenderness and honesty"

Lovage, "To Catch a Thief"

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

o teu cheiro nos meus pulsos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

para ti caro anónimo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012





sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

“Não desistas B, tu sabes o quão especial és, tu sabes que vais conseguir o que queres, não tenhas medo nem andes de cabeça baixa na rua; mereces mais, podes mais”

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Domingo, 3 de Maio de 2009

Meu querido, passaram-se muitas coisas nas nossas vidas, muitas coisas fortes e intensas como o nosso amor. Sabes, aprendi a ler-te em mim a cada dia que passava e agora já te decorei, já te conheço como a palma da minha mão.

Antes de ti existiram outros homens que não me souberam amar, que me prometeram o céu e desistiram antes do destino. Depois vieram aqueles que nem se preocuparam, os que foram embora sem entrar sequer. E agora existes tu, que no fundo nem fizeste grande coisa e que continuas a tua vida como se não tivesses marcado a minha desta forma.

domingo, 8 de janeiro de 2012

"um juiz pode decidir um caso por dez razões, embora a sentença só tenha que mostrar uma delas"

Stephen L. Winter, citação de "The Cognitive Dimension of the Agon between Legal Power and Normative Meaning" in #Direito Internacional, do Paradigma Clássico ao Pós-11 de Setembro de Jonatas Machado

sábado, 7 de janeiro de 2012

caro anónimo take II:
só não tinha aceite por mero lapso. deal?
caro anónimo, se assinares um desses comentários intensos que gostas de fazer aqui pelo Melodrama, pode ser que até possamos combinar um café não?

Mimos*