quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Duarte Pio de Bragança
Figura maior da herança monárquica portuguesa

"Tenho uma opinião que talvez possa
ser considerada polémica. Há uma lei que
nunca ninguém conseguiu mudar. É a lei da oferta e da
procura. Enquanto houver procura, vai sempre haver
oferta e enquanto houver pessoas que queiram consumir
droga, haverá sempre quem a venda. Por isso, o problema
terá de ser resolvido a nível do consumidor.
Um adulto que queira consumir drogas leves – e isso
não influencie de modo nenhum os adolescentes a consumi-
las –, não vejo como se possa proibir. Não faz sentido
proibir adultos de fumarem marijuana, acho eu. No entanto,
admito o outro lado do problema, ou seja, se hoje quase é
proibido o uso do tabaco é porque o tabaco faz mal aos
mais jovens.
Será que com a legalização do consumo de marijuana
é possível evitar que ela seja consumida por adolescentes,
a quem efectivamente faz muito mal? O mesmo problema
põe-se para o álcool.
Penso que mais cedo ou mais tarde vai ser autorizado o
consumo controlado de marijuana."


in jornal, "A folha"

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sinto-me bem.

Sei que nada se apresenta aos meus olhos como eles gostariam que fosse (e como tal, nada é como os meus olhos vêem todos os dias depois do despertar); no entanto sinto-me bem. Julgo necessária esta harmonia interior. Repleta de confusões mentais, de estratagemas às vezes supérfluos, de oscilações sentimentais e acima de tudo emocionais, de coisas. Gosto de viver, sinto-o detalhadamente em cada coisa que faço, que digo e até que penso. Apesar disso, não revelo essa intensidade que nutro pela vida em quase nada do que faço… apenas vem à tona em momentos de carícias com um qualquer homem que me prenda fazer. Talvez tenha errado ao escrever “qualquer”. Eu não penso isso, a sério que não penso, de que possa mesmo ser “qualquer um”, até porque a sua posição no filme/contexto influenciará todo o restante. Digo qualquer um porque estou bem comigo, e confessemos, estar solteira e bem comigo própria só é possível quando “esqueci” todos os amores. A ponte entre a expressão “qualquer um” e “esqueci” é precisamente essa; nenhuma delas tem essa conotação pejorativa que qualquer leitor inevitavelmente teria se não fizesse questão de sublinhar isto. Qualquer homem é sujeito desses *momentos de carícias* porque resolvi tudo com os homens da minha vida. Foram muitos, melhor, são muitos. O meu irmão e o meu pai, o meu ex-namorado, o meu oftalmologista, a minha eterna-atracção e talvez até com Ele.

Vou almoçar perú, viver sozinha é excelente e eu descobri que cozinho muito bem.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

real story




(memes da UC)

domingo, 4 de dezembro de 2011

essa tua eterna mania de escrever pérolas como esta mas de nunca as assinar nem publicar nem deixar que publiquem. Lamento, quebrei esse voto porque quero de facto partilhar isto:


E um sorriso pelos contornos dos teus olhos desenha-se; um sorriso que vem com um ensonado "Bom dia!" mas bem-disposto. Respondo numa monotonia de voz quase irritante de tão alegre ser. O meu cabelo espalha gotinhas de água de tamanhos diferentes e variados na tua pele morena natural enquanto te beijo o nariz e a testa e as bochechas e o espaço entre o teu nariz e a tua boca bem delineada. Fazes uma expressão que me faz pensar que tudo até agora tem valido a pena, mesmo que às vezes não seja como queríamos que fosse.

Ver-te despertar na cama sem teres noção das horas, do tempo e da intensidade de luz que está lá fora faz-me dar utilidade às primeiras palavras da manhã:

- Queres tomar o pequeno-almoço na cama ou arranjar-te primeiro? - mas o que decides convence-me de uma maneira muito mais fascinante. As tuas mãos passam para baixo da minha camisola azul e sobrevoam a minha pele ao mesmo tempo que os dedos fazem pequenas e delicadas aterragens que me dão minutos de prazer tão grandes que não caberiam nos bolsos das nossas calças de viagem nem nos bolsos das mochilas ainda por desempacotar todos juntos.

Rebolo para junto do teu corpo mais desperto que na passada noite aquando do regresso a casa e tu, sem demorar muito, despes o que acabava de vestir com mestria, destreza, facilidade e delicadeza.

Amo cada gesto que fazes e desenhas sobre as linhas da minha pele: suspiro, deixo-me levar. Deixo que me dês o mundo de mão beijada, deixo que me faças aproximar mais um pouco da textura das nuvens, da cor do céu. Deixo que te reconheças através de mim.

Envolvo-te nos meus braços agora. Deixo que pouses a tua cabeça no meu peito, sentindo a oscilação da minha respiração e o meu batimento cardíaco. Com a minha mão esquerda faço gestos repetidos que teimam em aquecer-te a pele mais um bocadinho.

Ouço um suspiro; ouço a tua voz seguindo-o. E harmonia, de novo.

- Gosto de ti, Cinderela. Em resposta, sorrio e penso em grãos de açúcar, pacotinhos cheios deles... cheios, a transbordar!

- Dia sim, dia sim. Todos os dias e mais um – continuou. Sei que valeu a pena esperar anos. Sei que valeu a pena passar pelo muito e pelo pouco para agora poder ter tudo o que fazia sentido e continua a fazer.

E porque os dias parecem demorar mais a passar, parecem demorar mais a serem seduzidos pelo relógio quando estás longe. E o café com canela arrefece, fica morno enquanto eu...

Aguardo a tua chegada a qualquer momento com um sorriso que espelha sol e alegria só por sentir o teu cheiro fresco, envolvendo-me afirmando o que há muito seria de ter por certo - que és meu. Tal como o açúcar é da doçura e o café da amargura.

Enrolas as tuas pernas nas minhas e eis a resposta: pequeno-almoço na cama.

Era o que esperava.

é, deve ser só isso mesmo

Não estava à espera de conhecer um engenheiro físico alto e de olhos claros, com discurso correcto e excelentes princípios, apaixonado por barcos e louco por boa erva e boa música a rebentar nas colunas, sotaque do Norte e voz semi-rouca de tanta tequila. Também não estava à espera que me visse ao longe e após um acenar viesse na minha direcção explicar-me detalhadamente o porquê de fazer todo o sentido ir beber um copo com ele. Pior ainda, não estava à espera que dormisse agarrado ao meu pescoço e em jeito inconsciente me protegesse do que estivesse para vir. Não sei lidar com perfeições, logicamente.

obrigada pai, obrigada mãe.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011












adorava saber que tens pensado em mim tanto quanto eu me tenho lembrado daquela noite

domingo, 27 de novembro de 2011

Tenho coisas confusas dentro de mim. Acho, no meu pouco fundamento para achar o que quer que seja, que são reflexos de conclusões também confusas que surgiram de histórias/factos ainda mais confusos. Portanto seria fácil acabar com isto já no primeiro parágrafo e afirmar-me apenas como fruto do caos.
Não sei se consigo admitir que a Natureza perfeita é simultaneamente a criadora do caos que é o Homem. E é por isso que hei-de continuar por mais uns parágrafos por aqui abaixo. Mas mesmo que não decidisse isto de configurar o que me corre nas entranhas em palavras escritas e formatadas digitalmente, continuaria a ter esta dúvida dentro de mim: porque é que a beleza do mundo consiste em acordar todos os dias e fazer (novamente) um esforço para contrariar a natural tendência do Homem para a desordem? Não quero ordem nenhuma que me regulamente. Aceito que ela exista mas ela não me é querida. Nunca desejei nenhuma segunda-natureza que complete a minha incompletude. Gosto de ser imperfeita. BOLAS, se gosto de ser imperfeita porque é que insisto em acordar todos os dias e esforçar-me para ser um pouco menos desordenada?
É por estas e por outras que admiro um grande amigo meu, que depois de admitir que “se fosse hoje”, não me teria rodado aquele charro, também confessa que acha que se sente bem, mas se pensar durante 5 segundos na veracidade dessa afirmação, rapidamente fica mal com ele próprio. As drogas marcaram de facto a pessoa que eu sou. Mas as minhas reflexões acerca do meu estado psico-emocional marcaram por igual. Na mesma medida, arrisco-me (e acreditem que é um risco de facto complexo). Está legitimado este texto: eis uma redundância que explica universal e necessariamente isto de me sentir confusa. Interessante é que sempre detestei redundâncias, só me serviam nos exames porque a minha facilidade em falar sobre um assunto é algo que até eu própria admiro. Mas agora tenho uma redundância a servir de lógica irrefutável.
Continuando nisto de analisar premissas que me conduzam a uma conclusão lógica, é também fácil entender que se eu não problematizasse tanta coisa talvez fosse mais feliz. Ups, agora falhei… um “talvez” não pode entrar numa análise deste género. As coisas ou são ou não são. Às vezes nós os desordenados seres humanos gostamos de prolongar este processo de decisão entre o que é e o que não é, nunca foi e jamais poderá ser. Nesta situação englobo-te, por exemplo, a ti. Chamas-te Manel mas sei pouco mais do que isso. E queres saber porque não sei eu mais nada? Porque não quis. Olhando agora, digo sinceramente (na verdadeira acepção da palavra “sincero”), que não consegui saber mais, não consegui dar-te NADA de mim, e é isso que me magoa agora na despedida. Não são os factos óbvios que revelam o não-sentido da nossa relação que me doem. Dói-me que eles existam porque não soube ser eu à tua frente. Embora achasse realmente que estava a sê-lo…
Eish. Entendo que vocês (corajosos!) que chegaram até este parágrafo, não estejam a entender nada do que eu forçosamente tento aqui explicar. Não só porque ganhei esta mania das palavras elaboradas e das frases compridas, como porque de facto não há nada de muito entendível dentro da minha mente neste momento. E por isso sintam-se felizes, porque estão exactamente no ponto em que eu estou e por isso, necessariamente já me estão a compreender. Sintam-se vocês mas sinta-me também eu feliz porque sem saber o rumo que estas palavras iam tomar, tendo consciência da dificuldade que seria explicar-me e acarretando o peso que é para mim não estar certa do que digo, finalmente consegui que alguém me entendesse. Ahahah alguém? Sim, se tu meu querido alguém chegaste até este ponto deste texto, por favor manifesta-te porque vou gostar de beber um café contigo. Com estas letras pequenas do meu blog que insisto (mesmo insistentemente) em manter, com estas frases que parecem parágrafos e com estas ideias tão desordenadas, admiro-te mesmo por teres chegado até aqui. Eu não o faria, nem que de literatura interessante se tratasse, até porque detesto ler no computador.
Olhei para a minha secretária de repente e pensei que falta um mês e que tenho uns enormes livros para devorar. Pior que isso foi ainda reparar no acórdão do Tribunal Constitucional que teria de ler para amanhã. Enfim, não o fiz. Detesto não cumprir metas. E se eu não acabar isto? E se eu não quiser Direito nunca mais? E se eu pegar em mim e nos 50€ que me restam e fosse… deambular por aí?
A ordem que me regulamenta, a segunda-natureza que completa a minha incompletude, com certeza que não me diria que não. Sou eu, enquanto eu e tudo o que isso comporta, que não o quero fazer. Então porquê esta raiva contra o que me é imposto? Eu faço mesmo o que quero. Posso não poder sair nua à rua porque para além de socialmente condenável era mesmo juridicamente assinalável. Mas continuo a poder sair nua de pensamentos negros, e isso ninguém me proíbe. Isso sou só eu que não consigo… como não consegui contigo Manel, como não consigo contigo meu irmão/herói, como não consigo com vocês pares que todos os dias se sentam comigo naquele auditório imenso.
Tudo o que eu não for capaz de fazer há-de ser culpa minha e isto é uma conclusão em directo, pois garanto que o propósito deste texto era mesmo desculpabilizar-me em palavras aquilo que a minha culpa me grita aos ouvidos.

sábado, 26 de novembro de 2011

GENIAL

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Beware jack:
"q rapariga tao cheia d esquemas linguísticos ahahahaha
devias d ir pa rapper, acrescentavas algo”
Bruna:
"tá calado."

Mimos*