segunda-feira, 9 de abril de 2012


Ofereceram-me uma agenda. Gosto dela, muda de capa consoante as estações e o mês de Julho é vermelho às riscas, é uma cor alegre e gosto do meu aniversário estar associado ao Verão, é algo a que sempre atribuí emoções positivas e gosto que coisas comprovem isso. Coisas… factos! Como gosto que aconteça com o número 3. Costumava ser o número 3 na escola e para além de ter nascido em 1993, lembro-me particularmente do ano 2003 porque teve imensas controvérsias. Mas o meu cão nasceu nesse ano, e o meu primo também. Não interessa, gosto da agenda! Foi o meu outro padrinho que aconselhou a minha madrinha, e perante argumentos até interessantes como eu ser caloira e precisar de organizar os estudos e as obrigações restantes. Hoje decidi realmente acolhe-la como minha e registar algumas de facto-obrigações, de como é a exemplo a minha frequência de Introdução ao Pensamento Jurídico Contemporâneo que é quarta-feira.
Ainda não li nem metade da matéria mas sei que me estou a sair bem. Se ler tudo e compreender como fiz até à parte em que estou, sei que vou tirar boa nota. Devo isso a alguns genes não identificados, mas em todo o caso, obrigada pai-obrigada mãe. Mas confesso que me preocupo em escolher o método mais eficaz, menos penoso e mais com vista ao fim que se prossegue possível.  Só que tudo numa questão de tempo mais apertada. Até se sentir que “é agora” nunca se faz nada.
 E eu decidi que é agora.
O meu querido Adrien dizia-me que as pessoas têm de ter um núcleo dentro de si que preservem, que seja repleto do que de melhor e mais sensível se sabe sobre a vida e sobre as coisas em geral. Ele cultiva-o a ler, e diz sinceramente que não poderia aguentar Street Life sem se auto-confrontar diariamente com outro universo. A nossa conversa era sobre linguagem, palavras, saber falar. Ele sabe falar muito bem, tão bem como eu. Mas agora aplico essa ideia do núcleo essencial no interior da nossa mente para explicar que ao estar ao lado dele, não consigo guiar-me como eu sou, e como esse tal núcleo defende que seja. Isso projecta-se em imensas situações e uma delas é flagrante, o que me faz estranhar aquela frieza de quem me diz que não quer saber o porquê, apenas  percebe que não é para ser. Claramente que me sinto uma otária, por ter sido eu a propor o contrato e ser eu a falhar com a minha parte. Lamento isso, mas quando me encontro com o meu núcleo, garanto que ele me oferece o copo em tom de brinde e sussurra… “à nossa!” 

1 comentários:

João disse...

Tens personalidade jurídica.

Enviar um comentário

Mimos*