sexta-feira, 29 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
um bocado de sentimentalismo procura-se; ofereço racionalidade para troca
Quero ser uma mulher sucedida mas sou uma miúda e não consigo, para além de pensar a longo prazo, concretizar situações para ver concretizadas aspirações. Não consigo. Dizer não a algo já me soa terrível e ainda por cima, não consigo faz-me sentir ultrajada, ultrapassada, vencida. Não consigo conviver com a frustração, sublinhei demasiado a minha veia determinada e confesso que, por demasiadas vezes, não tive de me esforçar muito para me realizar. Foi surgindo ou então não fui pensando. Já não suporto mais ter de me interromper a mim própria e quero explicar o quão me sinto desesperada por não conseguir ser minha amiga; não há factos que me apoiem como exemplo do que vou sentido nos ínfimos da minha consciência mas quero arranjá-los à força. Preciso de os encontrar. Preciso de respostas, de explicações. De qualquer coisa palpável e suficientemente esclarecedora, que me ocupe o cérebro e, já que não consegue parar quieto, pelo menos que o distraia.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
sexto sentido - estado: a limar arestas
Acho inacreditáveis as concepções de Freud mas sobretudo ainda mais incrível, a forma como mudaram o mundo. Portugal é um país de acho´s, de facto, e embora o meu seja apenas mais um, tenho aquela mania dos pseudointeligentes que não me deixa em paz e me destrói a cabeça. Agora estou a ouvir o Rui Veloso na minha segunda consciência apesar de não me soar nem indicada nem de bom senso para o caso.
Gosto de símbolos especiais das coisas; não gosto é da palavra «coisas». Quer dizer, gosto demais para a desgastar da forma parva com que toda a gente o faz. Aprecio imenso coisas pequeníssimas mas não me contento com pouco, digo sem medo de revelar o meu paradoxo porque é de facto verdade. Todos os álbuns do Sam the Man têm uma particularidade incrível: as suas iniciais querem escrever ESPECIAL - Entre(tanto); Sobre(tudo); Pratica(mente). O próximo vai ter de começar por E de novo e acho que lhe convém manter a regra dos parênteses. Não suporto que confundam aspas com parênteses, dá-me raiva.
(...)
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
de facto
Na minha modesta e frágil opinião penso que me devia ser dado o previlégio de me sentar à conversa com algumas pessoas que de alguma maneira são especiais para mim; depois de explicar umas outras coisas de um outro campo semântico ao meu irmão, iria provavelmente implorar para conhecer alguns dos músicos, na literalidade máxima do termo - adoraria expor a minha ideia calma e tranquila de uma adolescente cheia de coisas na cabeça a uns tais senhores grandes, aqueles que mergulham as mãos em petróleo e fazem o mundo derramar «lágrimas de crude» [fim de citação]. Os ciclos são de facto algo importante, universal e necessário e quem tentar contornar ainda mais a questão que se sente também à conversa comigo; o mundo subsiste assente numa curva transversal que se rege pelos picos e pelas depressões geradas pela dinâmica do magma de uns vulcões. E acho que também tenho noção da inconsciência que cometo ao usar «uns» de forma tão leviana, mas tenho realmente em conta a ideia de que são qualquer coisa muito pouco definida. Todas as épocas prósperas tiveram o seu momento sequencial de crise, todas as cadeias alimentares tiveram e vão ter para sempre um início e um fim, todas as modas tiveram um retorno e todas as mulheres se deitam com um homem que já amaram muito em tempos.
Uma coisa que ainda não sei e que ninguém me está disposto a explicar, é quem é que inventa as palavras. Quem é que assina por baixo de uma proposta para uma palavra nova. Isso e onde é que está o cheque, o dito cujo, onde o Bill Gates dá metade da sua fortuna instituições de caridade. Que papel vale assim tanto dinheiro e tem tanto poder? Acho delicioso e de tal mistério que merece sem dúvida a minha curiosidade, se me conseguirem entender a ideia...
Eu já consigo entender ideias. Outras, diferentes da minha. Foi o primeiro e melhor fruto que tive da assimilação de regras e senti-o de tal forma recompensador que até já entendo o que implica desrespeitar outras (regras, pois claro).
O inevitável nesta história é o aniquilador de padrões,ciclos&rotinas que todos os miúdos de 17 anos têm a revestir-lhe a alma.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Também não troco a ordem das palavras, mas acho demasiadas vezes que as coisas podiam ter outros nomes, que a vida podia ser outra; mas acho isso tão difícil como a alteração da fisionomia dos automóveis. São factos que prefiro encarar assim, como inquestionáveis dentro de mim, mas completamente refutáveis e frágeis. Não porque me considere burra, porque nem o seria educado e já me ensinaram muitas vezes que apenas frontal, nunca mal-educada.
Mesmo que as coisas se desenrolem monstruosamente rápido nas nossas mentes, é importante que os outros não o percebam, e partir desse princípio pode ser mesmo tarefa árdua. Mas tudo o que se processou até agora no mesmo sentido não pode desejar este fim, com certeza. Então acho que me cabe a mim, que tenho uma vida pela frente e uma casa cheia de coisas raras e saudáveis, ensinar e ir deixando perceber o quão recompensador é experimentar as coisas por nós mesmos. O problema está em quem não sabe como o fazer, em quem pensa demasiado nas coisas que sente e que processa dentro de si do que nas verdadeiras coisas do mundo. Os médicos especializaram-se tanto que já não conseguem ter uma opinião geral sobre os problemas. Os filósofos têm um papel importantíssimo nestas áreas e parecem invisíveis. Talvez seja por falta de pontes entre os problemas que as pessoas não pensem no particular como parte integrante do geral, e queiram sempre com muita confiança coisas que nem sabem ao certo se vão poder ter ou conseguir. E não falo das materialices de hoje em dia, das casas na praia, dos cruzeiros no verão. Falo de experiencias sensíveis e quase milimetricamente impossíveis de se dar enquanto matéria, mas enormes, gigantes, arrebatadoras enquanto papel principal das nossas mentes e pior, dos nossos corações.