terça-feira, 8 de novembro de 2011

Desta vez fiz mesmo merda. Mas merda, no seguimento de uma necessidade. Lógico, não? Desculpa meu amor, nós não somos um do outro… adoro-te, mas não. Não conseguimos isto porque nem é suposto conseguirmos. É tudo uma merda sabes? Olho para ti e vejo o mundo nuns olhos discretos. Subtis, mas fatais. Elogio-te até ao extremo, extremo esse que engola aquelas histórias em que o álcool que domina tanto que eu nem me devia importar; eras tu, no teu mundo e feliz com certeza, irra, e muito feliz. Tenho alguma pena por acontecer assim, mas não devamos tê.la… é desnecessária. Tudo é certo, sempre, seja com que aspecto for, a essência é certa.

“(…)

Se soubesse que amanhã morria
E a primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo. “

Alberto Caeiro
1889-1915

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Mimos*